
Quem é do Nordeste conhece o humorista Mução e o seu famosíssimo bordão “liga, liga, liga, liga”. Mas o caso aqui não é piada.
O presidente Lula bem que podia ouvir a blogosfera e a tuitosfera (?!) e usar sua hotline para ter um papo sério com Mahmoud Ahmadinejad, lá do Irã.
Há alguns meses comentei aqui algumas questões da lei islâmica sobre apedrejamento (O corno confesso e a sharia) e como isso representa uma séria violação à Declaração Universal dos Direitos Humanos. Agora, temos um caso concreto em que a diplomacia brasileira pode ajudar a salvar uma vida.
Sakineh Ashtiani foi condenada à morte por lapidação. Morrerá apedrejada a menos que sua pena seja anulada ou comutada. Há um movimento internacional para sua libertação. Mas o Irã, uma teocracia islâmica, não costuma dar ouvidos ao Ocidente. Daí porque é importante que Lula, que mantém boas relações com Lex Luthor, fale em defesa da desafortunada iraniana. O presidente brasileiro já disse que oferecerá asilo a Sakineh.
Segundo nossa Constituição, o Brasil se rege em suas relações internacionais pela prevalência dos direitos humanos e se guia pelo princípio da dignidade da pessoa humana. Além disso, o art. 5º da Carta de 1988 proíbe as penas cruéis ou desumanas e a sanção capital. Juridicamente, há todas as condições para a concessão de asilo ou refúgio a Sakineh Ashtiani.
É bom que o presidente Lula saiba que esse DDI todos os brasileiros concordam em bancar.
O código do Irã é +98. Precisa fazer um 21?