Deu em O Globo e em quase todos os jornais que a OAB vai pedir o bloqueio dos bens do governador José Roberto Arruda, do Distrito Federal, investigado na Operação Caixa de Pandora, vulgarmente conhecida como Panetonegate.

Já disse aqui que, por questões processuais, o governador está tranquilão em relação a eventual ação penal perante o STJ. Por quê? Veja aqui.

Agora, uma outra ação judicial que lhe poderia causar alguma dificuldade jurídica possivelmente não dará em nada. E justamente porque a OAB divulgou aos quatro ventos sua intenção de requerer a indisponibilidade dos bens do governador Arruda. Nota zero para tal estratégia processual.

Esse é o tipo de decisão que não se noticia! Não é muito sábio avisar a uma pessoa investigada (seja quem for) que os seus bens sofrerão um pedido de bloqueio. Ciente do dito “quem avisa, amigo é“, o suspeito fará o óbvio: dará sumiço nos seus bens, se os tiver em seu nome. Não que esse seja o caso do governador do DF, em favor de quem vigoram todas as presunções constitucionais. Mas é a praxe.

Assim fica parecendo que, quando a OAB fez tal anúncio, houve um outro tipo de bloqueio: o mental.